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Como Reter Informação Sem Esforço

Como Reter Informação Sem Esforço

A capacidade de reter informação é essencial em todas as fases da vida. Não serve só para decorar as dinastias e os rios de Portugal, mas também para atividades do dia-a-dia da vida adulta (por exemplo, para uma apresentação ou lembrar os nomes das pessoas que conhecemos). Ainda assim, muitas vezes, absorver as informações que nos são transmitidas é um desafio, como se entrasse por um ouvido e saísse pelo outro.

Reter informação é uma capacidade que todos temos e há uma poderosa ferramenta de auto-conhecimento que pode fazer toda a diferença.

 

A Poderosa Ferramenta

Tendencialmente, aprendemos e retemos melhor a informação de uma de 3 formas: visual, auditiva ou cinestésica (através das sensações). O primeiro passo para começar a reter informação sem esforço será identificar qual das 3 é a tua forma preferencial.
Caso ainda não tenhas feito o teste, clica aqui para descobrires.

É possível encontrar, tanto na comunicação de uma pessoa, como na sua forma de organizar a informação, várias pistas que nos permitem ter uma noção de qual é a sua forma preferencial para absorver e percecionar informações.

 

Preferência visual

Se já reclamaste com uma pessoa por não te olhar nos olhos enquanto falas com ela ou desanimaste quando alguém te mandou um áudio no WhatsApp, ao invés de escrever, talvez esta seja a tua forma preferencial de reter informação.

Para as pessoas que absorvem e processam a informação de forma maioritariamente visual, as imagens estão na base da memória. Para elas, o contacto visual quando falam é também muito importante.
Mais algumas características de uma pessoa predominantemente visual:

  • fala mais rápido e gesticula muito, como se estivesse a ver na sua cabeça o filme daquilo que está a dizer. É também por visualizar cenários com tanta facilidade que, muitas vezes, outras pessoas dizem que parece “estar na lua”. Na verdade, está apenas a “arrumar” a informação,
  • tem um pensamento acelerado, pelo que gosta de ir direta ao assunto, numa conversa,
  • faz esquemas quando tira apontamentos e, muitas vezes, usa muitas cores para destacar bem a informação,
  • utiliza palavras com referências visuais (aparecer, ver, ponto de vista, perspetiva, mostrar).

 

Preferência auditiva

Se preferes telefonar, em vez de trocar mensagens, ou se te distrais facilmente com sons ao teu redor, talvez esta seja a tua forma preferencial de reter informação.

Para as pessoas que absorvem e processam a informação de forma maioritariamente auditiva, as palavras e os sons estão na base da memória.
Mais algumas características de uma pessoa maioritariamente auditiva:

  • fala de forma mais pausada,
  • presta atenção ao ritmo e timbre com que as palavras são ditas,
  • repete palavras ou frases para as memorizar,
  • utiliza palavras com referências auditivas (soa-me, falar, ouvir, harmonia, ritmo).

 

Preferência cinestésica

Se já te disseram “ver é com os olhos!” ou se não abdicas de ir fisicamente a uma loja de roupa para a experimentar antes de comprar, talvez esta seja a tua forma preferencial de reter informação.

Para as pessoas que absorvem e processam a informação de forma maioritariamente cinestésica, poder tocar ou experimentar é essencial, pois memorizam através da ação.
Mais algumas características de uma pessoa maioritariamente cinestésica:

  • fala de forma mais pausada e gesticula mais lentamente,
  • assimila a informação através da ação: gosta de tocar, de experimentar, de pôr as mãos na massa,
  • como o toque é importante, é possível que também tenha preferência por manter proximidade quando comunica presencialmente com outra pessoa,
  • utiliza palavras com referências cinestésicas (sinto, cheira-me, experimentar, digerir, escaldante).

 

Transformar a informação

Agora que sabes como memorizas mais facilmente a informação, não precisas de te tentar encaixar em estratégias que podem não ser as melhores para ti. Levanta-se, no entanto, outra questão:
E quando a informação chega até ti através de um meio que não é o preferencial para ti? Nesses casos, podes transformá-la.

Exemplo prático:
Quando alguém se apresenta a ti e verbaliza o seu nome, o sentido através do qual recebeste a informação foi a audição.

Se fores maioritariamente visual, podes, depois de o ouvir, imaginá-lo internamente escrito, na tua mente.

Se fores maioritariamente cinestésica/o, podes:

  • Fazer associações: associar o nome dessa pessoa a uma outra que te traga memórias fortes (pensando “ah, é como a minha prima Maria”)
    Neste caso, o teu cérebro vai criar a associação. Quando voltares a ver essa pessoa, lembras-te também da tua prima e, logo se seguida “Maria!”.
  • Escrever à mão o nome da pessoa. Neste caso, a ideia é usar o movimento das mãos (ação) para assimilar a memória.

Caso o nome da pessoa seja apresentado por escrito (por exemplo, uma mensagem de texto) e fores maioritariamente auditiva/o, podes repeti-lo em voz alta.

Em suma, a retenção de informações é uma capacidade essencial que pode ser aprimorada com o uso das técnicas adequadas.
Ao reconheceres o teu estilo preferencial de aprendizagem, se adaptares as informações para esse estilo, podes melhorar significativamente a tua capacidade de reter informações sem esforço.

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